Rose Sunset é designer de moda e a única herdeira da família Sunset. Geraldo Henge e Irene Sunset eram casados e donos da mais conhecida multinacional do país. A filha do casal teve uma boa infância, frequentou as melhores escolas e sempre teve o que quis. Aos vinte anos, após perder a mãe em um grave acidente de carro, a garota foi diagnosticada com uma severa depressão. Rose e a mãe eram inseparáveis, viviam como melhores amigas, se divertiam juntas e compartilhavam confidências.
A primogênita sentiu muito a perda de Irene e nesse período a única coisa que a fazia bem era desenhar roupas e animais. Rose adorava desenhar cobras, pois era o animal favorito da mãe, logo, conhecia bem o estilo de vida do réptil. Com o passar dos anos Rose retomou sua vida, formou-se em design de moda e criou sua marca.
Ainda no período da faculdade, Rose conhece Pietro, homem que a encantou pelo jeito modesto e engraçado de ser. Após cinco anos de namoro, os dois casaram-se, sendo este o maior evento da cidade. A relação entre os dois era sincera, Rose sentia-se especial e verdadeiramente feliz ao lado do esposo.
Certo dia, após um encontro romântico, Rose despede-se do esposo, que não poderia viajar para o leste do estado para acompanhá-la no lançamento de mais uma de suas coleções. Ao entardecer, a poucos quilômetros de chegar em seu destino, a filha de Irene nota uma linda serpente azul passar à sua frente. Rose, encantada com o animal, desce do carro e chega mais perto, no entanto, por um descuido, é mordida certeiramente na mão.
No exato momento em que o veneno chega em sua corrente sanguínea, uma forte luz irradia de seu corpo. O animal azul desaparece. Serpentina ganha vida. Rose, agora Serpentina, sente-se fraca e confusa, e já que não vê o animal decide voltar para o carro. Ao olhar no retrovisor para voltar à pista e continuar o trajeto, sente um arrepio intenso na espinha, como se algo a dissesse para voltar, porém somente após ter o devaneio com a imagem de seu pai ensanguentado, a mulher resolve dar meia volta e ir para a casa de Geraldo.
Sem entender o que estava acontecendo e não se sentindo como antes, Serpentina escuta o som de um chocalho de berço, olha pela janela e avista o objeto, imediatamente sente o coração acelerar e para o carro. O som do brinquedo era familiar, sem exitar pega-o e volta para o carro, todavia, não conseguia sair do lugar. Sozinha e assustada com a situação, segue sua intuição. Pega a mochila que estava no banco de trás e adentra nas árvores em busca de algum tipo de ajuda.
