Você aproxima seu rosto do dela e espera para ver se ela irá se afastar. Num impulso, ela se aproxima e cola sua boca na dela. O beijo te envolve completamente. É tranquilo e sem pressa, mas que, aos poucos, vai se tornando mais urgente e acelerado. Grudar seu corpo no dela por completo torna-se indispensável e enquanto ela passa os braços em seu pescoço, você sente seu corpo inteiro arrepiar.

Você impulsiona a cadeira de rodas em direção ao sofá, ela se levanta e se senta. Você sai da cadeira, senta e puxa ela em sua direção, prontamente colocando-a em seu colo. O beijo continua mais tranquilo, parece que não existe mais tempo, nem espaço, somente vocês dois ali naquele local. Você, então, segura a barra da blusa de Elisa e puxa para cima, tirando a peça de roupa.

Ela é um espetáculo. E você quer decorar cada parte de seu corpo antes que seja tarde demais e ela se vá. No entanto, em sua cintura você observa uma cicatriz e, aos poucos, você se aproxima e vê uma estrela. Essa estrela é idêntica a marca que você tem em seu braço.

- Sua cicatriz… - você diz.

- Pois é, eu tenho desde que me entendo por gente. Minha mãe tem um anel com esse símbolo e ela me contou que estava cozinhando um dia…

- E o anel esquentou e ela sem querer o pressionou em sua pele… - você a completa.

- Sim, como você sabe?

- Essa é exatamente a história que meu pai me contou sobre minha mãe quando perguntei sobre a minha cicatriz.

Você levanta seu antebraço mostrando a mesma estrela que Elisa tem. Um filme começa a passar em sua cabeça. Seu padrinho Louis falando que Elisa aparenta ser parecida com a mãe. Os quadros de olhos azuis com manchinhas azuis escuras pendurados pelo castelo. A mesma estrela desconhecida…

- Elisa… onde sua mãe mora?

- Ela... Ela mora em Reinhart, fica a uma hora aqui - ela responde hesitante.

- E onde sua mãe nasceu?

- Ela sempre diz que não gosta de falar sobre seu passado. Ela repete que vivia um conto de fadas que não deve ser contado… Ai meu Deus… Será que…?

- Elisa. E se sua mãe for…

- Meu Deus, minha mãe é a rainha foragida.